Desde que a Penélope nasceu, a gente procura estimular a musicalidade nela, seja colocando música para tocar em casa durante boa parte do dia, seja apresentando-a a instrumentos de brinquedo. Somos um casal de músicos e, portanto, suspeitos. Mas mesmo pra pais que não são isso é importante.
A música tem um efeito muito poderoso. Diverte, muda o humor, serve de companhia e de trilha sonora para a vida. Faz despertar o interesse não só por mais música, mas pelas artes em geral. Quem estuda o assunto diz que ajuda no desenvolvimento do pensamento lógico e matemático. Só vantagens.
Logo nos primeiros meses, talvez do primeiro para o segundo, ela ganhou de um dos avós um tecladinho – inho mesmo, pois são apenas quatro notas. Mas são quatro notas muito fascinantes para quem nasceu agora e está descobrindo tudo. É um dos brinquedos favoritos dela e um dos poucos que trouxemos na mala pra Suécia.

Mas ela também já teve uns bongozinhos, chocalhos e a coloquei para tocar no xilofone da mamãe algumas vezes. E também tentamos fazê-la praticar sempre usando os instrumentos que estarão sempre com ela: suas mãozinhas, que começaram tímidas e agora estão produzindo palmas cada vez mais altas e ritmadas.

Ultimamente ela deu pra cantar também. Quando estamos vendo algum dos canais de música de que ela gosta no YouTube e começa a tocar um dos hits aqui de casa, a Penélope começa a balbuciar alguma coisa que não é exatamente fala. Nossa teoria é que ela está tentando acompanhar a melodia. Daqui a pouco rola, podem apostar.
Sem música, a vida seria um erro, já disse Nietzsche. Eu diria que, sem música na infância, mais ainda.