Um amor: livros para bebês

Um amor: livros para bebês

Desde que comecei a construir uma biblioteca massa para a posteridade, imagino como seria o momento do encontro de Penélope com determinada obra. Ela passando pelas prateleiras, examinando lombadas e escolhendo uma linda edição especial de capa-dura de Ghost World, em inglês, e descobrindo a vida tediosa de Enid e Rebecca. Eu contaria que a graphic novel foi garimpada em Nova York, numa livrariazinha escondida no Upper West Side e que aquilo virou minha cabeça "quando tinha a sua idade".

Até esse momento chegar, ainda temos longos bons anos pela frente. Desde o primeiro mês, a gente apresenta livros pra pequena e vem experimentando formatos. Os resultados são impressionantes!

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O primeiro livro que quis mostrar foi uma edição de aniversário de Flicts, do Ziraldo. Recebi da editora quando escrevia pro jornal e, na minha fantasia, lia infinitas vezes a história da cor mais solitária do mundo com ela, desde sempre. Ela amava as cores supercontrastantes das páginas. Os olhinhos que mal enxergavam pareciam fixos naquele arcoíris. Toda molinha, meio sentada, meio deitada no colo, ficava atenta à minha versão reduzida e comentada de Flicts. Coisa fofa.

Aos 3 meses, quando descobriu que tinha mãos e que poderia usá-las para explorar o mundo, passou a ser perigoso. Ainda quero ler as infinitas vezes o mesmo livro com ela e, do jeito que estava, ele seria rasgado em dois tempos. Fui na livraria e encontrei um livrinho baratinho para bebês, daqueles bem coloridos, com pouco texto e páginas grossas, próprias pra eles manusearem sem esculhambar o papel. Sucesso total!


O livro era sobre os olhos e faz parte de uma série sobre o rostinho do bebê. O texto é bestinha, diz que a gente tem olhos, que enxergamos por eles e que, ao fechá-los podemos dormir. Mas o legal e ir explorando cada página, apontando os personagens, elementos, cores, criando novas histórias toda vez que abrimos aquele livro.

Outro livrinho que ela gosta muito é um chamado Miau Miau, também baratinho, mas que é sonoro. Tem um falante na capa que ela mesma aperta e ouve o barulho de um gato miando (meio assustador, mas custou R$ 10, hehe). Mesmo estilo de história escrita bem simples, com gatinhos se divertindo e bebendo leite, mas cada página causa uma reação MUITO GRANDE na Penélope de 9 meses.

Não sei se porque temos gatos em casa, mas ela interage demais, balbucia muito, junta sílabas novas e fala novos fonemas cada vez que ela olha pro livrinho. A gente diz que os gatos são os nossos, Paçoca, Maple e Jaspion, e ela parece tentar repetir tudo, as sinapsezinhas fazendo conexões a mil por hora na cabecinha. Muito louco!

As duas últimas aquisições foram iradas também. Finalmente compramos o Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes (mas ainda não lemos com ela) e encontramos o Que Som É Esse – Música Clássica, que é o favorito do momento.

 

Nesse livrinho não há história. Cada página traz uma ilustração linda de bichinhos dançando e/ou tocando um hit da música erudita. Basta apertar um botãozinho no próprio papel do livro que toca um trechinho. É a gente tocar a Primavera, de As Quatro Estações, de Vivaldi, pra essa menina começar a dançar, bater palma e fazer a caretinha mais linda do mundo que ela faz quando está feliz. Ela AMA!

As outras páginas trazem trechinhos de Mozart, Bach, Händel, Beethoven... Não é muito longo, mas é fofo e diverte muito, além de estimular esse lado musical no bebê. Nos últimos meses, com a rotina de trabalho superlouca, estávamos apelando pra TV pra distrair a Penélope, mas é incrível como a reação dela na frente da TV sozinha e lendo um livrinho com a gente é completamente diferente.

Vale muito a pena investir um tempinho (e um dinheirinho) em uma biblioteca pro seu bebê. Você já começou a sua?

P.S.: Ah! Tem uma caixa-surpresa bem legal pra crianças chamada Leiturinha. Você assina e todo mês chega na sua casa um pacotinho de livros surpresa. Vale a pena conhecer!

Por Alinne Rodrigues

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