Livro: Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes

Livro: Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes

Desde muitos anos antes de a Penélope nascer, eu comecei a construir uma biblioteca massa pra ela. Livros que me foram importantes, discos que ela precisava ouvir algum dia, filmes que mudaram minha vida. Alguns títulos eram infantis, a maioria não. E agora que ela tá aqui comigo, tem sido incrível ir compartilhando aos pouquinhos esse mundo tão bonito e divertido – "Filha, hoje, pela primeira vez na vida, você vai ouvir esta música". Emocionante!


Daí que ainda recém-nascida comprei um livrinho pra bebês bem novinhos. Tem várias opções, das simples e baratinhas às mais complexas, com sons e luzes, bem mais caras. Incrível como ela olhava, mesmo sem ainda enxergar muito bem. Esses livros têm cores fortes e contrastantes que chamam a atenção do bebê naquele momento, tão pequenininho, ainda sem saber fazer muita coisa.

Cada fase tem seu livrinho. Mas sabe quando chega um lançamento que faz com que você queira que o tempo passe bem rápido, só pra poder ler tudo junto com sua filha? Assim tem sido o Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes – 100 Fábulas Sobre Mulheres Extraordinárias.

 

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Como bem antecipa o título, o livro traz 100 biografias rapidinhas de mulheres que mudaram o mundo com talento, mas muito mais pela ousadia e pela valentia de se impor, de impor seus pensamentos e desejos a uma sociedade que ainda não ouve bem o que elas – nós – temos a dizer. 

 

Junto da história, vem um retrato ilustrado bem bonito dessas protagonistas, e elas têm idades, tamanhos e cores diferentes. Porque cada mulher é linda à sua maneira, com o seu corpo, o seu cabelo, a sua pele e não os das capas de revista.

 

Mas como colocar no mundo mulheres confiantes, donas de si, se desde crianças o modelo apresentado era um só: o da princesa indefesa, o da dona de casa sem ambições, o da camponesa, o da loirinha de cabelos longos? Meninos têm quartos de dinossauro, de viagens espaciais, de esportes. Eles podem fazer o que quiser, até ir à lua. Meninas têm quarto de princesinha, bonequinha, tudo pequenininho, limitado.

Inclusive, vi outro dia no Facebook um vídeo muito triste com mãe e filha na seção infantil de uma livraria tirando os livros que:

1) não tinham personagem feminina

2) tinham uma personagem feminina, mas ela não tinha falas

3) tinham personagens femininas, mas que não eram protagonistas

4) os livros de princesa


De uma estante lotada de livros, sobravam muito poucos, tipo menos de uma prateleira. Não encontrei o link do vídeo, mas se alguém souber, me manda, por favor, que eu atualizo aqui!

Ainda bem que o mundo está percebendo que representatividade importa, sim, e que era assim e agora não precisa ser mais. Não vai ser mais. É como estão dizendo: se a nossa geração está fazendo barulho, querendo mais de si, querendo mais do mundo, lutando por igualdade de gênero, por visibilidade, imagina a das nossas filhas! A #MãeFeminista já sabe qual vai ser a próxima aquisição! 

Por Alinne Rodrigues

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